Instituto Pensar - Márcio França tenta conquistar eleitor anti-Doria em SP

Márcio França tenta conquistar eleitor anti-Doria em SP

por: Eduardo Pinheiro 


Pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSB, Márcio França passou a ter que se justificar sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro

Márcio França, pré-candidato à prefeito de São Paulo. Foto: Reprodução

Aceno de Márcio França, pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSB, a Jair Bolsonaro tem gerado desconforto entre apoiadores de esquerda, segundo registra reportagem da Folha de S. Paulo. França esteve com o presidente quando ele visitou a obra de uma ponte em São Vicente (SP), cidade que é reduto político do ex-governador paulista.

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Derrotado por João Doria (PSDB) no segundo turno da corrida para governador em 2018, França recebeu do oponente o apelido de "Márcio Cuba?, enquanto Doria surfava na popularidade de Bolsonaro. Agora, com bolsonaristas enxergando no governador paulista um inimigo do governo federal, França tenta atrair a simpatia desse grupo de eleitores.

A aproximação com Bolsonaro, porém, provocou manifestações negativas no PDT (Partido Democrático Trabalhista), principal legenda da coligação. Seu postulante a vice, Antonio Neto, vem da sigla do ex-presidenciável Ciro Gomes, incansável opositor de Bolsonaro.

De acordo com a Folha, setores do PDT chegaram a pressionar por uma reavaliação da parceria, tratada como ensaio de uma coalizão nacional para 2022. Adversários da esquerda na corrida municipal, como Orlando Silva (PC do B) e Guilherme Boulos (PSOL), também usaram do encontro para atacar França.

Posicionamento de Márcio França

Com a pressão crescente, dentro e fora da campanha, o pré-candidato tenta dissipar o mal-estar. Em vídeo divulgado nas redes sociais, França afirma em tom de resposta: "Faz 40 anos que eu sou do mesmo partido e tenho as mesmas convicções. Já convivi com muitos prefeitos, governadores, presidentes, de vários partidos. E eu não sou agressivo com nenhum deles.?

Procurado pela Folha, repetiu ser fiel às suas convicções . "É preciso respeitar adversários competentes em comunicação. Doria é um deles. Na eleição passada, falavam que eu era o Márcio Cuba e Lula; agora querem dizer que sou Márcio Bolsonaro. Não sou nem um nem outro", disse, via assessoria.

O ex-governador afirmou também que nunca havia falado com Bolsonaro até o encontro em São Vicente "para pedir ajuda no envio de mantimentos para Beirute?.

Apoio de Bolsonaro

O presidente tem evitado até agora manifestar preferência por candidaturas, mas não descarta subirem palanques no segundo turno. Um dos porta-vozes do bolsonarismo, o deputado estadual Gil Diniz (PSL) deixou em aberto apoio à França.

"Não sei se ele apoiará o França. Sei que ele não apoiará o Covas aqui em São Paulo ", afirma o deputado. "Entre França e Covas, não voto no Covas de maneira nenhuma?, completa ele, dizendo que não aperta 45 "nem no microondas?.

Com informações da Folha de S. Paulo



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